sexta-feira, 26 de julho de 2013

DIA DOS AVÓS





Engraçado, quando eu era criança não se comemorava este dia. E eu tinha todos os motivos para comemorar. Conheci e convivi com os meus 4 avós. Cada um do seu jeito.
Lembro-me de minha Avó Paterna, D. Maria, para mim Vó Maria. Uma mulher de bom humor, sempre com um sorriso no rosto e pronta para dar um jeitinho nos filhos e netos que estavam ao seu lado. Já meu Avô Paterno, Vô Mário, este era sério! Passava respeito! Sisudo! Agora quando nasceu Érika, minha irmã, ia todo dia levar uma fruta e visitar a princesa (era assim que a chamava). No fundo eu sentia ciúmes, mas hoje vejo o carinho que ele tinha por aquela menina.
E meu Avô Materno, o Major Wilson. Vovô Wilson! Este eu via mais doçura, menos “sisudez”. Sempre que ia nos visitar, preparávamos para recebê-lo. Frutas (o melão não podia faltar), biscoito salgado, leite. Meu Avô era diabético. Lembro do seu sorriso. Como era criança, não pude desfrutar de sua sabedoria.
E minha Vó Cema. Vovó Iracema! Esta foi com quem mais convivi. Na verdade, ela nos criou. Mãe e Pai trabalhando e Vó conosco, cuidando, beijando, nos alimentando de carinho e sabedoria. Se apanhei de um dos meus avós, foi dela que levei umas palmadas. Doce, séria, alegre, pensativa. Não dormia sem pensar em todos os seus. Dizia que irradiava pensamentos. Sei que o tempo que passei longe dela, seus pensamentos foram até onde eu estava.
Eu tinha tanto para comemorar este dia! Mas não existia, ou não era comercial. Sei lá!
Não sou avô ainda. Tudo tem seu tempo. E espero que meus filhos cumpram o tempo de Deus. Mas quero ser avô como foram os meus: dedicados.
Hoje meus filhos podem aproveitar a presença dos seus avós. Como eu, eles também têm o privilégio de conviver com eles. Uns estão mais distantes, outros bem perto.
Vejo como meu Pai hoje quer agradar minha filha. E ainda se chateia porque acredita que ela não está gostando das coisas que ele faz para ela (bolo, fatia, doce, pudim...). Vejo minha Mãe acordando cedo para cuidar de meu sobrinho, se preocupando com ele, fazendo tudo que minha vó fez conosco, cuidando, amando.
Olho para minha sogra, e percebo sua alegria com a casa cheia de netos, e com o sorriso no rosto porque elogiaram seu cozido ou o lombo. Meu sogro feliz quando sai para ir comprar pão para os netos.
Meu irmão, que já é avô, literalmente baba diante de seus netos! Acredito que esta experiência é inexplicável.
Neste dia, quero agradecer pelos avós que tive. Quero louvar a Deus por estes que são avós hoje. Que o Pai Eterno abençoe a cada dia vocês, vovôs e vovós. Pois a presença de vocês na vida de nossos filhos é muito preciosa. Nós pais precisamos de vocês.
Que Deus os abençoe!


@zerominho

Um comentário:

Irene Rosendo B. da Silva disse...

Obrigada, RÕmulo, por compartilhar conosco suas boas lembranças de infância, especialmente como neto. Vejo que foram momentos ricos em sua vida e que, de alguma maneira, ajudaram a moldar a sua personalidade tão sensível e amável, entre outras virtudes. Gostaria muito de ter tido o mesmo privilégio, mas Deus não permitiu. Conheci somente minha bisavó por parte de mãe e por pouquíssimo tempo. Eu era tão criança que nem me lembro sua feição. Só sei que era bem magrinha e já em idade bem avançada. Depois da visita que nos fez, faleceu em seguida. Certamente, como vc, eu iria gostar muito de tido o carinho dos meus avós. Que Deus abençoe as cabecinhas brancas, vovôs e vovôs, que estão nas igrejas e pelo nosso país afora. Meu carinho a todos e todas!!!